Funchal e Bittencourt, que auxiliaram o ministro da Economia, Paulo Guedes, em 2021, publicaram um estudo que aborda um pouco mais sobre os riscos de endividamento do país devido à dívida pública elevada, que também pode ocasionar, nos próximos anos, a estagnação da economia brasileira.
De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, o valor da dívida pública teria aumentado na faixa de 2,3% durante o mês de novembro, saltando para a faixa de R$ 5,49 trilhões, valor este que é equivalente a mais de 80% do valor do PIB, Produto Interno Bruto, do país em relação ao ano de 2020 quando estava na faixa de R$ 7 trilhões, de acordo com dados que foram liberados pelo IBGE.
Tanto Bittencourt quanto Funchal acabaram saindo da pasta da economia após discordarem da aprovação da PEC dos Precatórios que foi criada com o objetivo foco de pagar o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para a população brasileira que ficou desamparada durante a pandemia da Covid-19. O valor de R$ 400, que é mais que o dobro da média paga pelo Bolsa Família durante o ano de 2021, está previsto para ser pago até o final de 2022, quando ocorrem as eleições para presidente da República. Jair Bolsonaro deve ser um dos candidatos para a presidência neste ano, concorrendo lado a lado ao petista Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com economistas do portal UOL, a aprovação da PEC dos Precatórios pode representar um aumento expressivo da dívida pública na faixa de R$ 600 bilhões. E, se isso acontecer durante o ano de 2022, é estimado que ela salte para a faixa de R$ 6 trilhões. Uma forma utilizada pela pasta da economia para aumentar os níveis de investimentos internacionais é aumentar os juros básicos da Selic. Mas, isso vem sendo insuficiente até mesmo para controlar os nervosismos perante o dólar, que está na faixa de R$ 5,65.