Durante muito tempo, as ciências sociais voltavam os olhos somente para o passado e reduziam a natureza e os aspectos que não tinham tanta relação com o ambiente porque parecia um assunto dentro das ciências biológicas apenas.
Atualmente, uma das metodologias encontradas depende também de uma análise da teoria e de um contexto muito mais aprofundado. De acordo com o autor, a teoria literária ajuda a encontrar respostas para perguntas importantes e de pessoas que viveram no mesmo contexto histórico que se é investigado.
Outro ponto que a teoria literária ajuda a entender é sobre como aquele espaço é interpretado pelo povo da época. Por exemplo, ele cita que as praias no Brasil nem sempre foram vistas como forma de beleza como temos hoje em dia: “No Brasil monárquico, de maneira geral, elas eram desprezadas pelas elites urbanas.”
Além disso, é mais que necessário reconhecer todas as pluralidades de uma sociedade e a forma como isso pode influenciar no meio ambiente. Apesar de existirem algumas práticas gerais que destroem o meio ambiente, também existem as práticas de determinado povo.
- O historiador deve entender como funciona a natureza e ter em sua mente uma construção do mundo físico, um diálogo com as ciências naturais.
- Worster ainda determina níveis para realizar a pesquisa dentro da história ambiental.
Um dos exemplos citados na obra foi de Tomás Pompeu de Sousa Brasil (1860). Ele era um jurista e tentou discutir sobre as secas brasileiras. Em suas obras, argumentava que o Brasil era um país rico e fértil, mas que, com a devastação, começou a se tornar seco e infértil. Eu já encontrei pesquisas e li brevemente que a forma como os europeus plantavam a cana de açúcar em algumas regiões teria auxiliado para essa “desertificação”, principalmente em relação ao solo mais seco e que nem sempre foi assim.
Também podemos citar o José Bonifácio de A. e Silva (1973, p.103) que falava que a situação ambiental brasileira também se devia à política escravista de produção que tem o objetivo de transformar o país em um país árido sendo que é um local rico.
O texto aborda sobre como o meio ambiente está relacionado à história, por mais que muitas vezes não paremos para pensar sobre o assunto. As críticas já feitas vão muito além de ter apenas a revolução industrial como culpada, mas de todas as nossas estruturas de sociedade, com o histórico de colônia e o pensamento europeu e capitalista. A disciplina surgiu durante a década de 70 e está presente em algumas instituições, como é o caso do IFC – Brusque, que conta com a matéria para os alunos de química integrado ao ensino médio e outras como Gestão Ambiental.
Através das pesquisas, foi possível encontrar alguns padrões semelhantes ao redor do mundo e que poderiam ser destrutivos ao planeta Terra, como a destruição da mata nativa de determinada região para a construção de fábricas e prédios.
- Pesquisadores mais recentes mostram que até mesmo a forma como a cana de açúcar era cultivada no país iria influenciar na desertificação brasileira.
- Um dos problemas encontrados pelo autor é que as pesquisas levam em conta somente o tempo bíblico, que é muito recente quando se analisa o tempo que a vida existe.
Apesar de nem todos fazerem essa ligação, durante toda a história os homens e mulheres estiveram ligados ao meio ambiente, todas as relações ocorreram por meio dele. Então, não há dúvidas que há uma ligação muito forte e que a história ambiental é mais que importante para que consigamos entender quais foram os acontecimentos que causaram essas séries de “dominós” caindo que temos hoje em dia. A relação da Europa com o Brasil influencia tanto quanto a Revolução Industrial. Não houve apenas uma causa para chegarmos onde estamos hoje, mas várias.
