De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o Tesouro Direto apresentou uma queda de 1,3% em outubro de 2021. Apesar do dado ser referente à meses atrás, mostra um pouco sobre as expectativas do mercado para o ano de 2022.
Hilton Notini, gerente de Preços e Índices da Anbima, argumenta que as incertezas fiscais em relação aos gastos públicos do governo e as eleições que ocorrem em outubro de 2022 podem puxar os rendimentos para baixo. Alguns títulos já estão com quedas acima de 20% visto que não acompanham a inflação.
Um dos principais motivos desta incerteza é em relação ao Auxílio Brasil de R$ 400, que é pago a famílias que foram beneficiadas pelo Bolsa Família ou que se inscreveram no Cadastro Único durante o mês de novembro e dezembro. Para que fosse aprovado, foi necessário que o Senado e a Câmara de Deputados aprovassem a PEC dos Precatórios.
A inflação, que até outubro do ano passado estava em seu acumulado de 10,67% ao ano, é um dos pontos que vem puxando o Tesouro Direto e as expectativas não são das melhores para esse ano. A crise econômica impacta também na Bolsa de Valores, que até metade de dezembro estava com um acumulado de queda por volta de 9%. Empresas como o Magazine Luíza derreteram no preço das ações devido à diminuição no setor varejista e de comércio: durante o ano de 2021, perderam cerca de 70% de valor.
Onde investir em vez do Tesouro Direto?
Uma das alternativas para tentar lucrar com a taxa elevada da Selic, que deve terminar o ano com a porcentagem de 11,5%, é investir em títulos como LCI e LCA que não possuem o desconto do imposto de renda e são protegidos pelo FGC, Fundo Garantidor de Crédito.