Em meio a um cenário de elevada inflação, o Banco do México (Banxico) elevou a taxa de juros básicos do país para cerca de 5,5% ao ano. O mesmo vem acontecendo com o Brasil durante o ano de 2021: a taxa de Selic, que serve como uma base para os investidores, saiu de 2% para mais de 9,2% ao ano. Na decisão, o conselho responsável argumentou que as expectativas são de fazer com que a inflação termine o ano na faixa de 3%.
É comum que os países que estejam sofrendo com a baixa de investidores, aumento das dívidas públicas e de preços tentem aumentar os juros como uma forma de atrair dólar. Ou seja, atrair investidores do exterior.
O próximo reajuste de juros básicos no país está programado somente para o dia 11 de fevereiro, quando Victoria Rodríguez Ceja deverá assumir o cargo de Alejandro Díaz de León.
Pandemia elevou os índices de inflação e valorizou o dólar: México, Brasil e Argentina
Países em desenvolvimento como o Brasil, México e Argentina enfrentam um movimento bastante parecido durante os anos de 2020 e 2021: o aumento dos preços dos produtos, perda de investidores e tentativas de atração do exterior. Tudo isso tem um culpado, em partes: a pandemia da Covid-19, que somente no BR deixou mais de 600 mil mortos em apenas um ano e meio. Isso fez que tanto o dólar quanto o ouro se tornassem mais valorizados.
Na Bolsa de Valores brasileira, algumas empresas enfrentam quedas expressivas que foram impulsionadas pelo desemprego elevado, falta de estabilidade nos empregos, baixos salários, elevada inflação e juros mais altos, como é o caso do Magazine Luíza, que já perdeu mais de 70% de seu valor.
Na Argentina, houve um aumento do IPCA para cerca de 53% após o presidente começar a pagar programas sociais para a população e aumentar de forma considerável o valor que estava em circulação.