O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), aprovou um reajuste para os benefícios sociais no ano de 2022 e prevê que o pagamento possa ser realizado em dobro caso haja a aprovação da PEC dos Precatórios, que prevê uma retirada da parte do dinheiro público para programas sociais. As estimativas são de que a PEC será aprovada ainda em dezembro. Por isso, quem é beneficiado do Bolsa Família (que se tornou o Auxílio Brasil) deve receber R$ 400 ao mês em vez do reajuste de 20% realizado no último mês, que tirava a média de R$ 190 para $ 220.
O BPC, Benefício de Prestação Continuada, que é pago aos idosos sem renda ou a deficientes, também tem garantido o seu aumento que pode chegar a um salário até o final do ano que vem. O valor atual está na faixa de meio salário mínimo.
A PEC prevê um desvio de uma parte do que seria destinado ao pagamento de dívidas públicas. No entanto, ainda possui as suas regras: ao menos R$ 44,6 bilhões decorrentes de tributos devem ser utilizados para pagar os gastos públicos. A dívida brasileira já está na escala bilionária de R$5,4 tri, tendo aumentos de 2% no último mês.
Uma parte do dinheiro também deve ser destinado para os gastos com a Covid-19, que em pouco mais de um ano e meio deixou cerca de 614 mil mortos e mais de 22 milhões de casos registrados. Com a nova variante, os temores são de que as vacinas atuais não sejam capazes de combater uma nova onda de mortes.
Os professores e policiais argumentam que o texto pode ir contra os direitos dos servidores públicos, que já se encontram com os salários estagnados devido a primeira emenda constitucional criada para aprovar o auxílio emergencial durante o ano de 2021, que tinha valores médios de R$ 150 a R$ 375.