Durante o ano de 2021, os títulos de Tesouro Direto despencaram no mercado por vários motivos: um deles é em relação aos riscos fiscais ocasionados pela aprovação do Auxílio Brasil de R$ 400 durante o mês de dezembro que ocasionou na aceitação da PEC dos Precatórios e também em relação à inflação acumulada, que estava até o mês de outubro em 10,67%.
Durante o mês de agosto, a alternativa com pior desempenho foi o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais que apresentou queda acumulada na faixa de 5,98% enquanto o desempenho no ano de 2021 estava negativo, perdendo um quinto do valor. Em julho, o mercado no setor também terminou o dia em queda.
Títulos | Vencimento | Desempenho em agosto* | Desempenho em 2021* | Quanto paga hoje?** | Aplicação mínima** |
Tesouro Prefixado | 01/07/2024 | -1,79% | – | 9,57% | R$ 30,84 |
Tesouro Prefixado | 01/01/2026 | -3,21% | -10,45% | 9,97% | R$ 33,02 |
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais | 01/01/2031 | -5,98% | -21,92% | 10,67% | R$ 39,08 |
Relatórios que foram publicados pelo Invest Exame também mostram o cenário negativo para quem pensa em investir no país. O Tesouro IPCA + 2045 teve uma queda de 25,6% até o dia 06 de dezembro de 2021. O prefixado com juros semestrais está em segundo lugar em perdas, chegando a cerca de 15,32%. Por fim, podemos citar em terceiro lugar o juros semestrais com vencimento em 2029 que perdeu 13,74%.
Há cenário de melhorias do Tesouro Direto para 2022?
Até o momento, o mercado caminha em ritmo negativo não somente para o Tesouro Direto como também para a bolsa de valores que, segundo o XP Investimentos, deve terminar o ano com apenas 121 mil pontos. Grandes empresas que estão presentes na Bolsa de Valores, como a Magazine Luíza, enfrentaram um movimento de queda acima de 70% durante o ano de 2021.
Um dos pontos que mais acendem o alerta para os investidores em relação ao Tesouro Direto, além da inflação e dos programas sociais, são em relação às eleições que estão previstas para acontecer no mês de outubro deste ano e contar com Bolsonaro, Lula, Ciro, Dória e Alckmin (estuda a possibilidade).